A discussão começou baixa, quase sussurrada, mas rapidamente se transformou em gritos que ecoaram pelas paredes estreitas do quarto. Ela havia exigido explicações sobre mensagens estranhas no telefone dele, mas não imaginava que, naquele instante, o perigo estava mais perto do que nunca.
Quando ele pediu para ver o celular dela, ela hesitou. Esse breve silêncio foi suficiente para acender uma fúria que crescia como fogo. Num surto de raiva, ele avançou. O impacto foi rápido, brutal, e logo o corpo dela jazia imóvel no chão frio.
O quarto, antes testemunha de risos, agora era palco de silêncio e respiração ofegante. Ele olhou para o celular em suas mãos — o objeto que, na sua mente doentia, havia justificado tudo.
Sem saber o que fazer, foi até a cozinha, pegou um rolo de plástico e começou a enrolar o corpo com cuidado quase perturbador, como se tentasse esconder não apenas a prova do crime, mas também a própria consciência.
No fundo, ele sabia que, por mais que escondesse o corpo, o peso daquilo que havia feito nunca seria enterrado.
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